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Estudantes da SP Escola de Teatro falam da experiência do intercâmbio em Portugal

Entre 23 de novembro e 7 de dezembro, dez estudantes da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, viveram uma grande aventura em Rio Maior, Portugal.

Selecionados por um edital da Instituição, da SCEIC-SP e com apoio do Ministério da Cultura, os estudantes participaram de um intercâmbio totalmente gratuito, promovido pela área de projetos internacionais, coordenada por Marcio Aquiles.

Participaram do intercâmbio os estudantes Anderson Reis da Silva, Bianca Ambrósio Contin, Clarissa Roberta Alves dos Santos, Débora Astolfo de Lima, José Aparecido Galdino da Silva Jr., José Vitor Braga Borges Mota, Karoline Maria Valença Santos, Milena Lopes Rosa, Monique Gomes de Almeida e Theo Martin Piazzi. A seleção representou as oito linhas de estudo da Escola.

A primeira parte do intercâmbio aconteceu em agosto, em São Paulo, quando o diretor português Rui Germano veio a São Paulo e promoveu atividades na Escola.

Durante as atividades em São Paulo, os estudantes trabalharam com improvisações a partir de questões trazidas por Rui, questões essas que serviram de base para a apresentação final em Portugal: memória, referências da infância e sonhos. Também, um pouco do constraste entre a grande metrópole da América Latina que é São Paulo e a pequena cidade europeia de Rio Maior.

O que começou a ser construído em São Paulo resultou em duas apresentações dos estudantes nos dias 5 e 6 de dezembro no Cineteatro – Casa da Cultura Rio Maior.

Em Portugal, as atividades contaram com apoio, também, do município de Rio Maior, do Beleza Teatro e do agrupamentos das escolas Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva.

Eles apresentaram ao público “Pororoca: O Encontro das Águas”, um espetáculo que buscou celebrar a união e a fusão de culturas, linguagem e estilos, sempre através “da força e da beleza da confluência das águas, refletindo o encontro cultural e artístico entre Brasil e Portugal”, como escreveu Rui Germano.

Germano fala um pouco da experiência:

Ideias

“Para as atividades, falei muito a eles sobre o que é ser português em 2025 e trouxe referências culturais contemporâneas nossas que de alguma forma poderiam servir de inspiração a eles. Brasil e Portugal falam a mesma língua, mas têm culturas muito diversas. Frisei que era importante eles trazerem também suas formas de sentir, o que é ser brasileiro, de onde eles vieram, para onde vão.”

Chegada

“Em Portugal, eles foram recebido como amigos, como família. Foram recebidos no aeroporto e a comunidade preparou uma festa para abraçar esses amigos que íamos receber em casa, e também preparamos um jantar com comidas típicas portuguesas. Uma noite muito bonita onde pudemos dançar e cantar.”

Ensaios

“Tentamos envolver as pessoas da comunidade no espetáculo. Tínhamos oito participantes da cidade de Rio Maior participando das cenas com os estudantes. Foi interessante ver portugueses e brasileiros trabalharem em conjuntos, onde cada um trazia um pouco de si.”

O espetáculo

“Foi um espetáculo visualmente muito bonito, com uma bela iluminação, cenografia, som, um trabalho minucioso de figurino. Do ponto de vista da encenação e atuação, foi um espetáculo onde pudemos rir e nos emocionar com cada cena. Aliás, a comunidade estava muito ansiosa e cheia de curiosidade, a expectativa era muito grande e tivemos uma reação muito calorosa.”

Reflexões

“Consideramos que o intercâmbio foi um sucesso. Esperamos receber no futuro mais estudantes da SP Escola de Teatro. Nos tempos que correm, essa partilha é cada vez mais urgente e necessária. Agradeço muito à Escola e ao Ivam Cabral.”

Depoimentos

Os estudantes falam da experiência do intercâmbio:

Clarissa Roberta

Andei pelas ruas de Portugal me perguntando “será que vou gostar do pastel de nata?”, “será que as paisagens são diferentes?”, “será que vou pensar nas questões ancestrais?”, “Quem sou eu na travessia do Atlântico?”. E depois de tanto andar, enquanto eu escrevia a dramaturgia e atuava nos palcos, me vi pensando que o tempo espiralar chacoalhou minha experiência e me fez viver presente, passado e futuro no mesmo instante. “Quem viaja se coloca na busca, na busca de quem é”. Estar em intercâmbio é ser e estar intensamente em movimento. Movimento de travessia, de busca, de pausa e pesquisa de outras formas de ser e estar dentro e fora teatro. Dentro e fora de si. O que se destaca do processo é a certeza de que apesar de desafiadores, processos colaborativos são ativamente capazes de fortalecer, ensinar, fluir e compor bagagem de quem é artista. Foi uma experiência muito rica e gratificante. Vou sentir saudades da comunidade de artistas de Rio Maior.

Galdino Jr.

O fazer teatral é um processo intenso. Trabalhamos com o material humano, e participar de um intercâmbio que nos conecta com outra cultura – mas, principalmente, com outras pessoas – é um presente. As mulheres que fazem a beleza do Beleza Teatro têm outras vidas, outros trabalhos, mas se unem por um bem comum: o amor, a vontade e a curiosidade pelo teatro.

Não é à toa que a nossa peça se chama Pororoca. Já atravessamos águas turbulentas e calmarias, nos fazendo água para contornar as pedras do caminho sem interromper o fluxo. Enfrentamos todos os percalços que um processo criativo carrega, nos construindo e desaguando na união com histórias e artistas – que, impressionantemente, não se consideram artrizes mas eles são sim – como Tânia, Lúcia, Maria João, Miguel, entre tantas outras pessoas que compõem o Beleza Teatro.

Este processo, que começamos no Brasil com o Rui Germano, agora está pororocando aqui em Rio Maior. Estamos ansiosos para apresentar este trabalho no Cine Teatro e, ao mesmo tempo, já morrendo de saudades da nossa terra-casa, o Brasil.

+ Estudantes e formadores falam das experiências e aprendizados do intercâmbio em Jena, na Alemanha

+ Intercâmbio da SP Escola de Teatro: estudantes falam da experiência na Noruega

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