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SP Escola de Teatro entrevista a artista residente Emilie Gregersen e o intercambista Oskar Bjarke Windfeld

Neste semestre, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco tem promovido diversas atividades com estudantes e artistas estrangeiros, como parte das parcerias criadas pela área de relações internacionais, liderada por Marcio Aquiles.

Em fevereiro, por exemplo, aconteceram três workshops em parceria com a Danish Arts Foundation, ministrados pelo sueco Andreas Haglund, pela dinamarquesa Emilie Gregersen e pela paulistana radicada em Copenhagen Marina Dubia.

Veja como foram os três cursos, que exploraram teatro, dança e expressão corporal.

Também, Andreas Haglund e Emilie Gregersen apresentaram as suas performances ao público, em duas apresentações: “Little Miss Beast Mode” e “TRIXSTER”.

Veja como foram as performances. 

Emilie Gregersen

A artista dinamarquesa nasceu em 1993 e é uma dançarina e coreógrafa baseada em Copenhagen. Formada na Danish School of Performing Arts, co-fundou a Dance Cooperative, um estúdio e plataforma artística para dança e coreografia e que, atualmente, está organizando doze performances em Copenhagen. Desde 2018, produz diversas performances por toda a Europa, como “touch” e “Caresses”, pelas quais recebeu o The Danish Arts Foundation Working Grant e o Edit Allers Memorial Grant.

Leia a entrevista com Emilie Gregersen:

Como se deu sua vinda para São Paulo e para a SP Escola de Teatro?

Vim por conta do apoio da Danish Arts Foundation, pelo qual sou muita grata. Ela apoiou essa residência, as apresentações e os workshops. Estou muito feliz que o projeto promoveu essa troca de conhecimentos e experiências.

Como foi sua experiência de dar o workshop na SP Escola de Teatro?

Durante as aulas, propus aos estudantes práticas e ferramentas para trabalharmos ritmos, repetições e sensações. Nos baseamos em coreografias, mas também em muita improvisação e exploração livre de movimentos. Também, trabalhamos muito a coluna vertebral e como ela nos guia em nossos movimentos e em nossas jornadas físicas e emocionais.

E como foi apresentar seu processo para o solo “TRIXSTER”?

É um work-in-progress que apresentei agora em São Paulo e que vai estrear ano que vem em Copenhagen. O solo explora movimentos físicos, mudanças constantes de ritmo, de imagens e de relações com os espectadores. Ele é inspirado nesse arquétipo do “trickster”, esse personagem que tem esse lado “shape shifter” e tem a urgência de desafiar normas e romper com elas. Quis trazer esse arquétipo, incorporando-o com drama e humor.

Como foi sua experiência na Escola?

Foi uma experiência muito incrível. Conhecer os estudantes no workshop foi inspirador, eles chegaram com muita energia, curiosidade, desejo de aprender, e também vieram com muito conhecimento, me ensinaram muito. Todos os colaboradores da SP Escola de Teatro também foram muito acolhedores. Espero voltar em breve!

Oskar Bjarke Windfeld

Neste semestre, a SP Escola de Teatro também está recebendo o artista dinamarquês Oskar Bjarke Windfeld, como estudante intercambista do curso de Atuação.

O ator estudou na Københavns Universitet e tem experiência em televisão e cinema. Já participou de séries como “Helt Ny”, “2 Døgn” e “À Procura do Assassino: Aqueles Que Matam”.

Confira nossa conversa com Oskar:

Como você conheceu a SP Escola de Teatro?

Conheci a Escola através de uma atriz dinamarquesa, Marie Boda, que alguns anos atrás tinha vindo estudar aqui junto de Frida Fugl. A experiência delas me pareceu incrível e decidi vir também, queria ter a experiência de estudar longe de casa e em uma cultura totalmente diferente da cultura da Dinamarca.

Como será sua passagem pela Escola?

Vou estudar aqui por um mês e participar de classes sobre performatividade. Espero que essa experiência me traga novas perspectivas sobre performance. Será  um mês incrível para aprender com outros estudantes. Também espero ter tempo de explorar a cidade e a cena artística local.

O que espera para sua carreira como artista?

Na Dinamarca já fiz algumas séries para a televisão, assim como curtas-metragens para o cinema. Espero, a partir do meio do ano, conciliar meus estudos com mais trabalhos para teatro, cinema e televisão.

Quais dicas culturais você daria aos estudantes da SP Escola de Teatro sobre a Dinamarca?

Temos muita coisa incrível no teatro e no cinema dinamarqueses. No teatro, por exemplo, temos Tue Biering e Christian Lollike. Também cito o dramaturgo Andreas Garfield e a dramaturga Line Knutzon. No cinema, temos os grandes artistas Carl Theodor Dreyer, Lars von Trier, Mads Mikkelsen, Trine Dyrholm e Sidse Babbet Knudsen.

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